sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Segundo disco de Tulipa Ruiz confirma a cantora como a mais talentosa de sua geração



“Pode ser ou é”, diz o primeiro verso de Tudo Tanto, segundo álbum da cantora santista criada em São Lourenço (MG), que foi a grande revelação de 2010. Dois anos após sua estreia com Efêmera, Tulipa Ruiz retorna para demonstrar se “pode ser ou é” tudo o que anunciava. Atenta a essa responsabilidade de ser a maior promessa da MPB dos últimos tempos, ela escreveu várias letras sobre expectativa – uma delas foi até batizada com a palavra. Nem precisava ter queimado as pestanas com o tema. Pelas referências sonoras, pela excelência vocal, pelo humor tão necessário nesses tempos sombrios e por estar cercada de músicos extremamente talentosos, Tulipa não deixa dúvidas de que é.
Há duas referências muito claras nesse novo trabalho. Uma é Yoko Ono, obsessão de Tulipa que não pintou tão forte em seu primeiro CD. Em Tudo Tanto são necessários apenas quatro segundos para perceber a influência da artista japonesa. Tulipa dá o primeiro grito de É e Yoko baixa de vez. Os berros voltam mais intensos em Like This, parceria com o saxofonista turco Ilhan Ersahin, do coletivo Wax Poetic. Mas Tudo Tanto não é um trabalho experimental. Claro que Tulipa foge de certos lugares-comuns e é mil vezes mais corajosa do que suas colegas de geração. Mas sua veia pop pulsa sem culpa. A prova disso é que a outra presença marcante no álbum é a do maior esteta do pop rock brasileiro. Lulu Santos apareceu num show da cantora e seguiu para o camarim como qualquer fã (comprou até camiseta na banquinha de merchandising). Tulipa não perdeu tempo e, dias depois, solicitou a voz do ídolo em Dois Cafés. Ele não só aceitou o convite como levou a guitarra para a gravação, fazendo desse o grande momento do álbum (e talvez do ano). Na letra, a cantora radiografa a vida moderna e sugere uma “volta para o mato”.
Apesar de verbalizar alguns dilemas, na maioria das composições – várias divididas com o irmão, guitarrista e produtor do álbum, Gustavo Ruiz – Tulipa parece feliz e satisfeita com o que tem. Na comparação com Êfemera, Tudo Tanto é menos lamentoso. Não é segredo que na vida particular ela vive um relacionamento tranquilo com o cantor e compositor Rafael Castro. Essa harmonia pode ser notada em canções como Desinibida (executada com uma suavidade à The Cardigans por uma turma carioca liderada por Kassin) e Script (que traz o namorado na guitarra). Outro nome de destaque no disco é o de Juliana Perdigão, a responsável pelos sopros na banda mineira Graveola e o Lixo Polifônico. Juliana povoa diversas faixas de Tudo Tanto, brilhando especialmente com seu clarone na bela OK.
Para não dizer que o disco é perfeito, o blues Víbora e os “ai, ai, ais” de Cada Voz podem ser meio malas. Mas, como as faixas fecham o álbum, não pesam nada na fluência. Dá para parar a execução antes da chegada delas. Só com as nove primeiras de Tudo Tanto Tulipa já afirma que veio fazer diferença na música brasileira. E afirma gritando.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Desculpas dos clientes para à Agência de Turismo


A agência inglesa de viagens ABTA fez uma lista das reclamações mais estúpidas e bizarras já feita pelo seus clientes:






- Ninguém nos avisou que haveria peixes no mar. As crianças ficaram atemorizadas.

- A praia estava com muita areia.

- Um hóspede no Novotel da Austrália reclamou que sua sopa estava muito espessa e forte. Sem perceber ele estava tomando um molho com pequenos pedaços de carne.

- A prática de topless deveria ser banida das praias. Minhas férias foram arruinadas quando meu marido passou o dia inteiro olhando para outra mulher fazendo topless.

- Meu noivo e eu reservamos um quarto com duas camas de solteiro. Quando chegamos ao hotel só estava disponível um quarto com cama de casal. Agora, esperamos que vocês se responsabilizem por minha gravidez. Isso nunca teria acontecido se vocês tivessem nos colocado no quarto correto.

- Após uma viagem à Barcelona, um viajante disse: “Há muitos espanhóis. A recepcionista fala espanhol. A comida é espanhola. Há muitos estrangeiros.

- Em uma viagem à praia. “Nós tivemos que ficar na fila do lado de fora, sem ar condicionado.

- É sua responsabilidade como agente de viagem nos avisar dos barulhentos e incontroláveis viajantes antes da viagem.

- Eu fui picado por um mosquito. Ninguém me disse que eles picavam.

- É uma preguiça dos donos de lojas não abrir após o almoço. Eu precisava comprar coisas durante a siesta. Essa prática deveria ser banida.

- Na minha viagem à Goa, na Índia, eu fiquei com nojo ao descobrir que quase todo restaurante serve curry em seus pratos. Eu não gosto de comida apimentada, definitivamente.

- Nós reservamos um passeio ao parque aquático mas ninguém nos disse para levar roupa de banho e toalha.